Assim como ocorreu com o Splatoon no Wii U, a Nintendo resolveu disponibilizar para os donos do Switch uma demo da continuação do jogo de shooter que fez muito sucesso no mundo inteiro. O teste para o jogo é conhecido como Global testfire, e o mesmo ocorreu nos dias 24, 25 e 26 de Março em horários determinados pela Nintendo. Nós, do site A Casa do Cogumelo, realizamos os testes e trazemos até vocês as nossas primeiras impressões do jogo que é uma das apostas da Nintendo para o Switch em 2017.

Mudanças necessárias para se adaptar ao novo console


Até o momento, o que achamos de diferente em Splatoon 2 foram pequenos detalhes, como por exemplo, uma interface melhor trabalhada e alguns recursos que só poderiam ser utilizados pelo antigo console. Um deles era que utilizando o Gamepad do Wii U, podíamos visualizar o mapa do cenário durante a disputa e ter uma ideia de qual equipe estava levando a melhor. No Switch o mapa é apresentado apertando o X, o mesmo aparece na tela tapando a visão do jogador em plena partida. Ok, isso é necessário já que não há uma segunda tela para observar o mapa, mas a mudança impacta na jogabilidade e faz com que o jogador pense mais rápido na hora de bolar suas estratégias.

Sem uma segunda tela, o mapa em Splatoon 2 é apresentado pressionando o botão X

Para que o jogador tenha que realizar um pulo maior, que leva até o seu companheiro de equipe, ele terá que abrir o mapa e mirar com o movimento do joystick o local aonde quer ir, quanto a isso não tivemos nenhum problema, os controles funcionam muito bem até mesmo no modo portátil.

No primeiro Splatoon, durante a espera para uma nova partida, éramos apresentados a um mini game em que você era uma lula e tinha que subir plataformas antes que um mar de tinta chegasse até você. O intuito dele era deixar a espera um pouco menos chata, mas até o momento, em Splatoon 2, esse bônus não foi apresentado. E falando em espera, em alguns momentos passamos algo em torno de 4 minutos para começar uma partida.

Não tivemos durante o Global Testfire o minigame que ajudava na espera do inicio da partida

Gráficos mais bonitos, mas sem grandes mudanças


Splatoon 2 ficou mais bonito no Switch, percebemos que o jogo ganhou mais cores e texturas. Jogamos em dois novos mapas e achamos muito bem feito os detalhes que vão desde as vitrines de lojas, cartazes colados na parede e detalhes da cidade no fundo do cenário. Não vimos muitas diferenças em relação ao Wii U. Mas as diferenças encontradas entre as duas versões são mais visíveis do que a vista em The Legend of Zelda Breath of the Wild para os dois consoles.

O jogo funcionou muito bem em 1080p a 60fps e durante os nossos gameplays não sentimos quedas na taxa de frames. No modo portátil o jogo não faz feio e entrega uma imagem muito bonita também e sem nenhum engasgo.

Sem grandes mudanças na jogabilidade


Experimentamos, durante os nossos testes, apenas o modo Turf War, o mais tradicional do jogo, que consiste em pintar o máximo de área possível. A jogabilidade continua a mesma, tendo apenas como principal mudança a já citada apresentação do mapa. A utilização do sensor de movimento para mirar ainda está presente e funciona muito bem. Gostamos também das novas armas apresentadas e dos especiais, como por exemplo, um Jetpack de tintas com uma bazuca ou um lança mísseis teleguiados.
Splatoon fez muito sucesso e parte dele é devido a jogabilidade e o equilíbrio de suas armas, então é bem aceitável não mexer na fórmula no momento. Como jogamos apenas o Turf War é muito cedo para dizer que o jogo não inovou, é bem provável que teremos novos modos tão criativos quanto aos que foram apresentados na primeira versão.

Lança mísseis teleguiados foi uma das melhores armas (especiais) que utilizamos durante os testes

Conclusão


Splatoon 2 é um jogo muito bom que o Switch terá em 2017, até o momento não houve grandes mudanças em relação ao seu antecessor, o que não é ruim, tendo em vista que o primeiro jogo entrega uma experiência excelente. O jogo apresenta um visual muito bonito e cheio de cores combinado com uma jogabilidade que já está bem aceita. Mas o que falta para Splatoon 2 ficar melhor? Na nossa opinião, queríamos ver um modo campanha mais robusto que introduza o jogador ao universo do jogo. Também achamos que a franquia está bem firmada no mercado, então a Nintendo não poderá entregar um jogo aos poucos, assim como foi com o primeiro. Já temos armas e cenários suficientes para entregar uma experiência completa e fazer com que o jogo alcance boas notas logo no seu lançamento. 
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